Diocese de Campo Maior é representada em Bacabal no CEFRAM, XXI Curso de Missionários





Iniciou no dia 14 de janeiro 2013 o XXI Curso de Formação Missionária cujo tema é “ A Dimensão Missionária à Luz do Vaticano II” promovido pelos COMIRES do Piauí e Maranhão e o Centro Franciscano de Animação Missionária-  CEFRAM-. Estão reunidos um grupo de 45 pessoas vindas de vários lugares Brasil. A Abertura aconteceu às 15hs com momentos de animação, descontração e apresentação.



Foram apresentados aos presentes toda programação e horários, bem como a formação das equipes. O Momento  ajudou para que cada um compreendesse o principal objetivo espiritual-dinâmico de se fazer Missão, uma vez que  a missão não é tarefa opcional, mas parte integrante da identidade cristã. A Diocese de Campo Maior está sendo representada pela Equipe Diocesana do COMIDI (Pe. José Lisardo, Maria José, Socorro Vieira e Ir. Eronildes).



Já na noite de 14 de janeiro no CEFRAM, o XXI Curso de Missionários, realizado na diocese de Bacabal, recebeu a ilustre visita do cardeal Dom Cláudio Hummes. Este, tendo como fonte inspiradora o Vaticano II, alertou os missionários sobre o contexto social que a Igreja está inserida.
Atualmente, Dom Cláudio está à frente da comissão da CNBB para a missão na Amazônia Legal. De forma muito próxima e afetuosa, o cardeal conduziu este momento de partilha e de escuta.
Com o Vaticano II, iniciou-se uma nova era na Igreja, uma verdadeira primavera, muros e antigos limites foram transpostos, dando lugar à ação criativa e sempre nova do Espírito Santo. É necessário sair dos limites que nós mesmos estabelecemos, diz o cardeal, só teremos uma Igreja Missionária quando esses limites, às vezes presentes dentro das nossas próprias paróquias, forem superados.
Uma Igreja que seja verdadeiramente promotora do Reino de Deus, deve assumir uma postura de facilitadora num processo onde os povos, sejam sujeitos da construção da sua própria história.
Dentro desta perspectiva de um primado do sujeito na construção social e cultural, foi nos apresentada a realidade eclesial da Amazônia, que ainda vive em muitas regiões a carência de padres e missionários. Cerca de 95% da população ainda é indígena e muitas comunidades não são atendidas pela ação pastoral da Igreja.
Vale a pena ressaltar que a ação missionária da Igreja deve, portanto, primar pela inculturação e formação e envio de novos missionários. Dom Cláudio, usando as palavras do saudoso papa João Paulo II, afirmou que uma fé que não é inculturada, não é plenamente assumida, deve haver espaço na comunidade eclesial para as mais diversas culturas e modos de ser.
Provocados por estas indagações, as seguintes perguntas foram lançadas, porque não ter uma Igreja, com Padres, Bispos, Cardeais indígenas? Uma teologia indígena é possível?
A Igreja, enquanto semeadora de um mundo novo, deve sair e ir ao encontro acolhendo o outro na sua totalidade e isso incluiu também a cultura. Dom Cláudio acena que a Igreja caminha com passos lentos neste processo de acolhida dos povos indígenas. Quando algum avanço é concretizado, na maioria das vezes, o índio já foi fascinado pelas luzes das grandes cidades e pela cultura de massa.
Lançar “sementes do reino”, em um tempo plural como o nosso, é algo desafiador, mas que não deve deixar de ser feito. Os missionários, chamados pelo divino Mestre, devem ir a todos os povos e  levar consigo além das sementes, o coração, para acolher e promover a vida e “vida em abundância” (Jo 10,10).

FONTE: SITE/CEFRAM



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