Dom Sérgio da Rocha toma posse e convoca Igreja de Brasília a ser discípula-missionária



“Precisamos ser discípulos-missionários que sobem ao monte para orar, para contemplar o rosto de Cristo transfigurado; precisamos escutar a voz do Filho amado. Essas são atitudes fundamentais para o arcebispo que chega e para as ovelhas que caminharão com ele a partir de agora”.
Foi com estas palavras que tomou posse da arquidiocese de Brasília (DF) na manhã deste sábado, 6, o novo arcebispo, dom Sérgio da Rocha. Ele sucede a dom João Braz de Aviz que, em janeiro, foi nomeado prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, em Roma.
A cerimônia de posse que lotou a catedral Nossa Senhora Aparecida, contou com a presença do núncio apostólico, dom Lorenzo Baldisseri, que passou o báculo ao novo arcebispo após a leitura da bula de nomeação; do presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal dom Raymundo Damasceno Assis; do secretário geral, dom Leonardo Ulrich Steiner; e de tantos outros cardeais, arcebispos, bispos, padres, religiosos, autoridades da sociedade civil e a comunidade católica arquidiocesana de Brasília.



O Regional Nordeste 4 da CNBB (Piauí), de modo especial a arquidiocese de Teresina, da qual dom Sérgio foi arcebispo nos últimos quatro anos, participou do evento com cerca de 50 sacerdotes, vários bispos e caravanas de fiéis. Também marcou presença o Regional Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás e Tocantins), além da diocese de São Carlos (SP), origem de dom Sérgio. Autoridades como o governador do Distrito Federal, Agnelo dos Santos Queiroz, e o vice-governador Tadeu Filippelli, também participaram da cerimônia.
Durante sua homilia, dom Sérgio desenvolveu sua reflexão à luz do Evangelho de hoje (Mt 17,1-9). Destacou que o centro da celebração de posse não era ele, mas sim o “Cristo transfigurado”. “É para ele e por ele que estamos reunidos aqui hoje”, sublinhou. Sobre o trecho da leitura, dom Sérgio disse que “a graça de Deus precede a subida dos discípulos. A graça da acolhida do Senhor os levou a caminhar para o alto”, disse.
Ainda com base no Evangelho do dia, dom Sérgio chamou a atenção para que a Igreja de Brasília não se esqueça “da transfiguração de Jesus” para não se instalar comodamente sobre o monte. “Para sermos uma Igreja cada vez mais fraterna, precisamos fazer tudo na caridade. Omnia in caritate, façam a caridade como propôs São Paulo aos Coríntios”, disse ele citando seu lema episcopal.
Dom Sérgio também chamou a atenção para que a Igreja de Brasília tenha a dimensão missionária sempre presente nas suas ações. Para isso, destacou o papel das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) e do Documento de Aparecida (DAp) para que a Igreja nunca se acomode em si mesma.
“Queridos irmão e irmãs, vivemos um tempo privilegiado, especial de renovação missionária da Igreja animada pelo espírito de Deus, motivada especialmente pelo santo padre, pela Conferência de Aparecida, pelas novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). Nós queremos ser igreja missionária conforme afirma o Documento de Aparecida: ‘Não podemos ficar tranquilos à espera passiva em nossos templos, mas é urgente ir a todas as direções, necessitamos sair ao encontro das pessoas’, nas comunidades, para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Jesus. O mandato de Jesus missionário continua a ecoar e se renova na vida desta Igreja de Brasília’”, exortou.

FONTE: CNBB

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